A PARTICIPAO DOS PAIS NAS ATIVIDADES ESCOLARES, NA ESCOLA MUNICIPAL VICENTE FRANCISCO NO MUNICPIO DE ALTA FLORESTA - MT NO ANO DE 2012, SEGUNDO O DEPOIMENTO DOS EDUCADORES

LIMA, Carine de[1]

JESUS, Marcelino[2]

DARIENSO, Sibila Jessye[3]

 

RESUMO

Este artigo cujo tema A Participao dos Pais nas Atividades Escolares, na Escola Municipal Vicente Francisco no Municpio de Alta Floresta no Ano de 2013, segundo os Depoimentos dos pais objetiva: evidenciar a importncia da relao educacional entre os pais, os estudantes e os professores no desempenho acadmico. A escola pesquisada faz parte do Programa Mais Educao, cujo objetivo a interao da escola com a sociedade. No Projeto Mais Educao, a instituio escolar vista como o lugar do ensino aprendizagem verdadeiro, privilegiando os saberes curriculares e oficiais na coletividade, mas sem tom-los como nico meio educativo. Para a realizao desse trabalho foi utilizada a tcnica de observao direta extensiva que a tcnica de questionrios, para saber a opinio de 12 professores e monitores. O questionrio, com 15 perguntas, abertas e fechadas, posteriormente tabuladas e apresentadas em grficos. Nos resultados dessa pesquisa foi constatado que os pais no esto presentes na vida educacional dos filhos, pois acreditam que a escola deve ser a nica responsvel pelos ensinamentos educacionais. Averiguou-se que por se tratar de uma escola que desenvolve o Programa Mais Educao o envolvimento dos pais se d em relao as atividades diversificadas realizadas pelo programa e no em relao a participao na vida educacional.

 

Palavras-Chaves: Mais Educao. Ambiente escolar. Ensino aprendizado.

 

1 INTRODUAO

A presente pesquisa tem por finalidade analisar a forma de como est sendo a participao da famlia na Escola Municipal Vicente Francisco. Pretende, tambm, compreender, juntamente com os pais, estudantes e professores, como se d a relao dos mesmos na vida escolar, e observar o que a escola tem feito para atrair os pais at a escola.

O projeto de pesquisa esta voltado para o cotidiano escolar, visando entender e analisar a importncia das articulaes necessrias entre a famlia e a escola, pois, h algum tempo, vem apresentando uma crescente participao da famlia na escola.

A famlia e a escola, assim como a sociedade em geral, vm passando por profundas transformaes ao longo do tempo. Essas mudanas acabam por interferir na estrutura da famlia e no processo de ensino da escola, de forma que a famlia e a escola, em vista das mudanas, em que mes tm de trabalhar fora para ajudar no sustento da casa, transfere-se por vez, para os profissionais da escola as funes educativas que deveriam ser exclusivamente da famlia.

Vale ressaltar que se busca detectar os motivos e as solues que sero necessrias para compreender o que a Escola Municipal Vicente Francisco tem feito para levar os pais a participarem ativamente da vida escolar dos seus filhos.

No Projeto Mais Educao desenvolvido na escola, pesquisa-se a integrao de diferentes saberes, espaos educacionais, membros da comunidade, enquanto a cincia tenta construir uma educao que implica em uma relao da aprendizagem para a existncia, uma aprendizagem expressiva e cidad. Esse embasamento terico, que leva a uma prtica mais efetiva, facilita a insero da famlia na escola, desenvolvendo um ambiente de confiana na sociedade.

A presente pesquisa pretende destacar que o planejamento e a execuo do processo educacional da escola, em conjunto com a famlia, traz benefcios no relacionamento da comunidade escolar. Como as famlias participam ativamente do processo ensino-aprendizagem na Escola Municipal Vicente Francisco, pretende-se responder que estratgias a Escola usa para traz-la famlia a participar das atividades escolares.

 

2 EMBASAMENTO TERICO

 

As polticas educacionais pblicas pouco tm conseguido fazer pela formao de educadores reflexivos, sendo impedidas por suas prprias construes burocrticas, fazendo, s vezes, o jogo inverso dessa prtica educativa. A famlia acompanha e reage a todo este abalo, estando, porm, pouco consciente: vai escola participar, opinar e reclamar somente quando a crise da poltica educacional preocupa seus interesses. No se apercebe, no entanto, sua parcela na produo dos problemas dos quais se queixa, nem de suas dimenses. Seria imprescindvel ento, clarear as cargas, sem esquecer que o trabalho com as crianas , na maioria dos aspectos, uma parceria. cargo da escola fazer um trabalho com os pais que propicie a discusso dos interesses coincidentes, bem como dos colidentes.

Na famlia, pai e me saem ao trabalho acreditando que a escola e outras conhecedoras, alm da televiso e do computador, do conta da educao de seus filhos. Assim, tanto a famlia, quanto a escola, acredita que uma d conta do papel da outra. A criana sente-se desamparada e poucas vezes apanha o equilbrio indispensvel para receber a formao adequada para se tornar um indivduo consciente de sua cidadania.

A famlia e a escola vivem, hoje, uma crise em que os valores materiais pautam as relaes. Assim, a boa escola vista como a que mais oferece servios e acrscimos, que vo desde a informtica, dana e aulas de lnguas estrangeiras.

Os pais acreditam que manter as crianas ocupada com aulas extras e viajadas podem atribuir valores a criana e melhorar a sua personalidade tornando-as mais disciplinadas. Esse comportamento pode ser justificado pela espera dos pais de que a escola resolva todos os seus problemas. Existe um relativo consenso de que a temtica Famlia e Escola tratem de uma relao complexa e, por vezes, dessimtrica, no que diz respeito aos valores e objetivos entre as instituies.

E esta , realmente, uma relao sujeita a agitaes de diferentes ordens. Nos dias atuais, pode-se ver este conflito observando a tnue distncia aperfeioada entre o adulto e a criana. Assim, tanto a escola como a famlia, podero averiguar seu papel no enfrentamento da crise que envolve a todos, ampliando as preocupaes e aberturas, que possam unir, em alguns pontos, duas instituies to complexas. Segundo Baltazar (2006. P 87), o aprendizado se inicia no lar com atividades nas quais a famlia ensina o respeito, amor e a solidariedade, elementos bsicos para a convivncia humana e social e para o equilbrio dos impulsos de destruio internos infantis.

Embora bem abalizadas as diferenas entre casa e escola, passou-se a buscar mais o apoio desta, abranger a eficcia da ao normalizadora da escola sobre crianas e jovens quando respaldada pelo conhecimento e ascendncia da famlia. A despeito disso, conserva a escola os direitos sobre o aviso cientfico acerca das reas fazer/obedecer, como ainda sobre aqueles que diziam respeito aos processos de aprendizagem das crianas e adolescentes, avisos estes informados pela biologia, psicologia e cincias sociais preservando a escola, desta forma, seu lugar de autoridade no gerenciamento das questes pedaggico - educacionais.

Ao lado da famlia, a escola permanece sendo um ambiente de formao que deve, para tanto, repensar a sua ao formadora, absorver-se em formar seus educadores para que os mesmos acumulem recursos que os permitam lidar com as agitaes inerentes ao cotidiano escolar. , portanto, na escola, ajuizando sobre o que h para ser ensinado s crianas sobre a metodologia que pode-se tornar mais coesa a ao do conjunto docente, que a escola poder encontrar sadas legtimas superao das adivinhas morais e ticas que afligem o seu dia-a-dia.

Nesse sentido, sem abdicar do lugar reservado ao ensino formal, preciso que os espaos destinados formao dos educadores no interior da escola deem, tambm, adiantamento reflexo poltico-filosfico sobre os sentidos e possibilidades da ao educacional para que se possa, desta feita, recuperar ou constituir um novo iderio para a escola.

A famlia cumpre um papel categrico na educao formal e informal dos filhos, alm disso, no seu interior so abismados os valores ticos e humanitrios e onde se afundam os laos de dependncia recproca e afetividade. tambm em seu interior que se constroem as marcas entre as geraes e so advertidos valores culturais e criados os valores morais.

O autor Lopes (2002. P 75) diz que:

Os pais so responsveis legais e morais pela educao de seus filhos. Como a educao escolar no os exige dessa responsabilidade, a participao dos pais flagrantemente necessrio para que continuem e exercer seu papel de principais educadores dos filhos.

 

Ao lado da famlia, a escola permanece sendo um espao de formao que deve, para tanto, repensar a sua ao formadora, preocupando-se em formar seus educadores para que os mesmos renam recursos que os permitam lidar com os conflitos inerentes ao cotidiano escolar. , portanto, na escola, refletindo sobre o que h para ser ensinado s crianas sobre a metodologia que pode tornar mais coesa a ao do conjunto docente, que a escola poder encontrar sadas legtimas superao dos problemas morais e ticos que assolam o seu dia-a-dia.

Nesse sentido, sem abdicar do lugar reservado ao ensino formal, preciso que os espaos destinados formao dos educadores no interior da escola deem, tambm, prioridade reflexo poltico-filosfico sobre os sentidos e possibilidades da ao educacional para que se possa desta feita, recuperar ou constituir um novo iderio para a escola.

Embora bem delimitadas as diferenas entre casa e escola, passou-se a buscar mais o apoio desta, entendendo-se a eficcia da ao normalizadora da escola sobre crianas e jovens quando respaldada pelo conhecimento e aquiescncia da famlia. A despeito disso, reservavam-se escola os direitos sobre o conhecimento cientfico acerca das reas disciplinares, como tambm sobre aqueles que diziam respeito aos processos de aprendizagem das crianas e adolescentes, conhecimentos estes informados pela biologia, psicologia e cincias sociais preservando a escola, desta forma, seu lugar de autoridade no gerenciamento das questes pedaggico - educacionais.

Hoje vivemos outro tempo, bem mais complexo, diverso e inquietante do que h algumas dcadas, a escola enfrenta, alm do desafio frente ao domnio do conhecimento, em permanente mudana, tambm o desafio da relao com seus alunos, sejam eles crianas pequenas ou jovens.

Existem escolas que trabalham visivelmente no objetivo de reproduo dos valores e ideologias dominantes, outras tem uma posio mais crtica, mas todas assumem posies polticas, pois a escolha dos contedos a serem ensinados, o estilo e o mtodo deste ensino, suas regras, sua maneira de avaliar, de receber a famlia etc., traduzem os objetivos das instituies, deixando claras as opes e desvelando seus interesses mais especficos.

Atravessa-se uma autntica socializao divergente. Vive-se numa sociedade pluralista, em que grupos sociais distintos defendem modelos de educao opostos, em que se d prioridade a valores diferentes e at contraditrios. Ou seja, a unidade racionalista representada por um modelo unitrio de escola est em crise, em funo da ascenso de um paradigma educacional que no pode mais colocar para debaixo do tapete a diversidade sociocultural como elemento central dos conflitos que marcam a escola nos dias de hoje.

Toda esta movimentao no plano social produz rupturas na forma como, historicamente, algumas instituies se organizam para gerar conhecimento, condicionar hbitos e impor comportamento. Destas, as mais afetadas foram, com certeza, a famlia e a escola. No por outra razo que hoje essas duas instituies se veem compelidas a uma aproximao que, at alguns anos atrs, no seria possvel ou mesmo desejvel.

No entendimento de Lopes (2002, p. 13):

Hoje comum ouvir dizer frases como estas. Os pais perderam a autoridade sobre os filhos, Os filhos no tem nenhum respeito pelos pais, As crianas de hoje no obedecem ningum etc. Tais observaes e outras semelhantes so manifestao clara de que h um sentido generalizado de que as relaes entre pais e filhos mudaram substancialmente nas ltimas geraes, e nem tudo positivo nessa mudana.

Polticas educacionais criadas pelo governo a exemplo do Programa Mais Educao tem como meta a aproximar a famlia da escola, atravs da educao em tempo integral.

O programa visa oferecer atividades atrativas que envolvam a famlia no contexto escolar. E um programa ainda em experimento desenvolvido pelo Fundo das Naes Unidas para a Infncia (UNICEF), aproveitando os resultados da Prova Brasil IDEB, 2005 em poucas cidades inscritas no projeto.

A educao que este Programa quer evidenciar uma educao que busque superar o processo de escolarizao to centrado na figura da escola. A escola, de fato, o lugar de aprendizagem legtimo dos saberes curriculares e oficiais na sociedade, mas no devemos tom-la como nica instncia educativa. Deste modo, integrar diferentes saberes, espaos educativos, pessoas da comunidade, conhecimentos... tentar construir uma educao que, pressupe uma relao da aprendizagem para a vida, uma aprendizagem significativa e cidad. (Ministrio da educao, P.05).

A iniciativa de polticas educacionais como o Programa mais Educao implica na tentativa de estabelecer alianas entre a famlia e a escola. Considera que a educao integral, deve atender as crianas das mais diversas constituies familiares como: a formada por pessoas que so unidas por laos naturais, por afinidades ou por vontade expressa, todas devem sentir-se ativas e bem vindas no processo de participao da vida escolar.

Portanto misso da escola promover o dilogo com a famlia. sabido que muitos estudantes que apresentam bons resultados na vida escolar tm a famlia como partcipe no processo de aprendizagem.

Afirma Paulo Freire (1991, p. 16):

No devemos chamar o povo escola para receber instrues, postulados, receitas, ameaas, repreenses, punies, mas para participar coletivamente da construo de um saber que vai alm do saber da pura experincia feita, que leve em conta suas necessidades e o torne instrumento de luta, possibilitando-lhe transformar-se em sujeito de sua prpria histria. A participao popular na criao da cultura e da educao rompe com a tradio de que s a elite competente e sabe quais so as necessidades e interesses de toda a sociedade. A escola deve ser tambm um centro irradiador da cultura popular, disposio da comunidade, no para consumi-la, mas para recri-la. A escola tambm um espao de organizao poltica das classes populares. A escola como um espao de ensino-aprendizagem ser ento um centro de debates, ideias, solues, reflexes, aonde a organizao popular vai sistematizando sua prpria experincia. O filho do trabalhador deve encontrar nesta escola os meios de autoemancipao intelectual, independentemente dos valores da classe dominante. A escola no s um espao fsico. um clima de trabalho, uma postura, um modo de ser.

Neste sentido a escola deve desenvolver projetos locais que envolvam a famlia em aprendizados que transcendem escola e que busquem edificao de redes sociais e de cidades educadoras. No contexto em que se preconiza a Educao Integral, o projeto poltico pedaggico deve ser construdo considerando as experincias que so vividas na escola, sem ficar restrito ao ambiente de sala de aula e aos contedos que representam os conhecimentos cientficos.

Polticas pedaggicas que desenvolvam nas famlias, diferentes linguagens e valorizem suas vivncias, modificando relao famlia e escolar atravs da produo do conhecimento comum a interesse das duas instituies educadoras.

Diante do exposto acima a relao famlia e escola de ser repensada, sobretudo para vencer o processo de massificao institucional. A escola no pode mais ser uma instituio a servio da monopolizao do capital cultural nas mos de uma elite econmica reproduzindo, no plano educativo, as desigualdades do campo social. Deve-se estabelecer uma luta em conjunto para a formao de cidados conscientes de seus direitos.

 

3 MATERIAIS E MTODOS

 

3.1 rea de estudos

 

A pesquisa teve como totalidade a cidade de Alta Floresta, encontrada no extremo norte de Mato Grosso, a 830 km de Cuiab. O estudo foi realizado em uma escola municipal localizada na zona urbana denominada Escola municipal Vicente Francisco da Silva. A escola funciona no perodo matutino e vespertino atendendo alunos da Pr-escola at o 8 ano.

O quadro de funcionrios composto de 17 professores com formao superior, sendo 14 professores do ensino fundamental, 3 professores da educao infantil, 1 Tcnico de Desenvolvimento da Educao Infantil (TDEI), 2 Apoios Administrativo Educacional (vigias), 2 Apoios Administrativo Educacional (limpeza), 2 apoio administrativo educacional (nutrio), 2 tcnicos administrativos, 1 professor na biblioteca escolar, 1 coordenadora pedaggica e 1 Diretor, e contendo tambm no programa Mais Educao 1 professor comunitrio responsvel pelo programa mais educao, e 11 monitores do programa .

 

3.2 Metodologia

 

A pesquisa caracteriza-se como levantamento de dados, foi aplicada a tcnica de observao direta extensiva, atravs de questionrios. O questionrio aplicado conteve 2 (Duas) questes com perguntas abertas e 13 (treze) questes fechadas, tendo como objetivo verificar se os pais costumam participar da atividade escolares da escola e atividades do programa Mais Educao, e posteriormente foi realizado a tabulao dos dados, com os tratamentos estatsticos relacionados para um melhor entendimento das informaes coletadas.

O mtodo de procedimento utilizado foi o monogrfico, no qual foi realizado um estudo com professores e monitores da escola, com a finalidade de obter generalizaes. E o estatstico, que depois permite obter, de conjuntos complexos, representaes simples e constata se essas verificaes simplificadas tm relaes entre si.

A pesquisa, realizada com 15 (Quinze) professores e monitores de ambos os sexos, com faixa etria de 18 a 60 anos, pertencentes a uma mesma comunidade. Dos quinze questionrios entregues, doze foram devolvidos devidamente respondidos. Estes foram lidos e tabulados atravs da regra de trs simples. Apresentam-se, a seguir, as perguntas, suas respostas tabuladas e uma representao grfica, para dar uma viso mais ampla dos resultados obtidos.

4 RESULTADOS E DISCUSSES

 

A pesquisa tem origem na seguinte problemtica: Os pais participam das atividades escolares dos filhos? E o programa Mais Educao auxilia nessa participao? Diante desta problemtica, levantaram-se hipteses, a participao efetiva dos pais na escola Municipal Vicente Francisco da Silva tem sido importante para o desempenho do Projeto Mais Educao.

De acordo com as questes 1,2, e 3, 91,6% so do sexo feminino e 8,33% homem, sendo assim, a maioria so mulheres, 16,66% tem entre 18 a 20 anos, 25% 20 a 30, 8,33% 30 a 40 anos e 50% de 40 a 60 anos, portanto a maioria tem mais de 30 anos, 8,33% ensino mdio, 83,33% ensino superior completo e 8,33 tem ensino superior incompleto.

O grfico 1 mostra, que 50% moram com pai e mae, 16,66% mae, 8,33% av e av, 8,33 mora com outros e 16,66% dos entrevistado diz que bem relativo essa questo com quem os alunos moram, marcando ento todas as auternativas.

 

 

Grfico 1: Os Alunos da escola moram com quem atualmente?

Fonte: LIMA, Carine de. Questionario. Alta Floresta/MT- 2013.

Pode-se dizer que, hoje a organizaes familiares do novo tipo de familia, no novo modelo de sociedade, a instituio familiar tem passado por vrias alteraes, decorrentes de mutaes possudas no seu conjunto sociocultural, e por ser uma instituio branda, ela tem se acomodado s mais diferentes formas de alcances, tanto sociais e culturais como psicolgicas e biolgicas, em dessemelhantes pocas e lugares.

Segundo o autor Jaume Sarramona i lspez ( 2012, p 22), A mudana na familia tradicional, composta de vrias geraes que vivam sob o mesmo teto, foi radical. Sempre havia uma familia que podia encarregar-se das crianas, caso a me no podesse faze-l.

Em relaao a familia ir a escola, 25% quando so chamados, 25% a eventos (Festas), 33,33% a reunioes, 8,33% coloca abaixo que, mesmo com todos os eventos, e reunies, as familias no comparecem a escola e 8,33% marca todas as alternativas.

Grfico 2: Pra voc as familias s vo a escola quando?

Fonte: LIMA, Carine de. Questionario. Alta Floresta/MT- 2013.

Percebe-se no grfico 2, pouco interesse da familia pelo filho, a no presena dos pais nas atividades, no significa que a falta de interesse da familia pelo filho, muitas vezes os pais esto no trabalho, e assim no tendo tempo suficiente para estar indo a escola para saber de seu filho.

O autor Lpez (2002, p 22) deixa bem claro essa situao.

...Como bem se sabe, a familia hoje costuma reduzir-se a pais e filhos - quando no somente a um dos pais e seus filhos - , e ambos os adultos tm um horrio de trabalho que no lhes permite dedicar-se todo o tempo ao cuidado e educaao dos filhos...

Ao ser indagado se os professores tm uma boa relao com a famlia de seus alunos, 8,33% que no tem relao com famlia dos alunos, 41,66% pequena relao (pouco), 33,33% relao mdia; 16,66% tm uma boa relao (muito) com as famlias; o grfico 4, aborda tambm essa relao professor e famlia, perguntando se os professores tem feito algo para trazer a famlia na escola, 8,33% faz nada, 25% muito pouco, 41,66% tem feito pouco (mdia), 25% tem feio muito para isso acontecer.

As educadoras da instituio tm autonomia para nomear as penrias da falta dos pais de seus alunos na escola, a cada incio de ano letivo e, a partir de ento, organizar um projeto para essa participao, com o desgnio de melhorar a participao e relao com a famlia no ambiente escolar.

A consignao das docentes indicou que nem todas se sentem apreciadas por essa relao, na qual se percebe que, as professoras no tm feito muito para acarretar essa boa interao com a famlia, e o que tem feito ainda se torna pouco, pois a mais necessidade do abuso da famlia com a escola.

fcil fazer uma relao exaustiva de qualidades pessoais para ser um bom professor, da mesma forma que se pode fazer para ser um bom mdico, arquiteto ou pai de famlia. O risco que se trate de uma relao to utpica que fique impossvel encontrar algum que corresponde a ela. Contudo, no h dvida de que algumas qualidades, como a pacincia, a compreenso, a empatia ou capacidade de comunicao com os demais... (Lpez, 2002, p.124).

Grfico 3: Voc tem uma boa relao com a famlia dos seus alunos?

Fonte: LIMA, Carine de. Questionario. Alta Floresta/MT- 2013.

Grfico 4: Voc tem feito algo para trazer a famlia na escola?

Fonte: LIMA, Carine de. Questionario. Alta Floresta/MT- 2013.

Outra questo aborda foi se os professores acham importante a relao da famlia no ambiente escolar, 100% responderam a seguinte alternativa, sim, Pois a famlia a Base de tudo, observando assim, que, os professores ressaltam essa necessidade da familiar estar no ambiente escolar, sabem a importncia de ter um acompanhamento famliar na sala de aula, pois o que faz uma escola caminhar a famlia dos alunos da mesma, pois, com a participao dos pais que a escola caminha junto com a sociedade escolar.

Grfico 5: Voc acha importante a relao da famlia no ambiente escolar?

Fonte: LIMA, Carine de. Questionario. Alta Floresta/MT- 2013.

O programa Mais Educao uma atividade extra de tempo integral, que leva os alunos a participar de atividades culturais, esportivas, pedagogias etc.; assim ajudando em um melhor comportamento na escola, e em atividades em sala, a escola Vicente Francisco da Silva uma escola modelo de tempo integral, quando tudo comeou os professores e a sociedade escolar no apoiava, diziam que s iria atrapalhar no desenvolvimento em sala de aula, e assim o programa no desistiu continuou e mostrou a sua importante para os alunos.

Hoje o programa Mais Educao bem visto, e aceito na escola, por todos e principalmente pelos pais e professores, os alunos melhoraram muito a partir do programa, tanto no comportamento, quanto no ensino-aprendizado, os mesmo se dedicam cada vez mais, nas oficinas e na sala regular de ensino.

O ideal da Educao Integral traduz a compreenso do direito de aprender como inerente ao direito vida, sade, liberdade, ao respeito, dignidade e convivncia familiar e comunitria e como condio para o prprio desenvolvimento de uma sociedade republicana e democrtica. Por meio da Educao Integral, se reconhece as mltiplas dimenses do ser humano e a peculiaridade do desenvolvimento de crianas, adolescentes e jovens. (Ministrio da educao. p, 07).

Perguntado ento, questo relativas sobre o programa Mais Educao para as professoras, no grfico 6 foi exposto a seguinte pergunta, se o programa importante para a escola, 8,33% pouco (mdio), 50% muito importante; 41,66% completamente importante para a escola, depois se o programa Mais Educaao ajudou a trazer a familia ao ambiente escola, 16,66% muito pouco, 33,33% mdia, 41,66% tem ajudado muito; 8,33% completamente.

Perguntado tambm aos educadores da escola se eles acham que a famlia participa mais ativamente do programa mais educao, ou do cotidiano escolar do filho, essa questo foi bem relativa nas respostas, 16,66% diz que os pais participam mais do programa mais educao, 8,33% eventos (Festas) so mais participativos, 8,33% os pais participam mais do programa Mais Educao, para no perder o bolsa famlia, 50% diz que os pais participam parcialmente tanto do programa mais educao, quanto do cotidiano escolar dos filhos, pois os dois so importante para o mesmo e 16,66% no responde a questo deixando em branco. Por fim, o programa Mais Educaao ajudou a trazer a familia ao ambiente escola, 16,66% muito pouco, 33,33% pouco (mdia), 41,66% tem ajudado muito e 8,33% completamente.

Grfico 6: Pra voc o programa mais educao importante para escola?

Fonte: LIMA, Carine de. Questionario. Alta Floresta/MT- 2013.

 

 

 

Grfico 7: Em sua opinio o programa mais educao ajudou a trazer a famlia ao ambiente escolar?

Fonte: LIMA, Carine de. Questionario. Alta Floresta/MT- 2013.

Grfico 8: Voc acha que a famlia participa mais ativamente do programa Mais

Educao, ou do cotidiano escolar do filho?

Fonte: LIMA, Carine de. Questionario. Alta Floresta/MT- 2013.

Na tentativa para saber se os professores sabem e entende sobre uma boa relao interpessoal com os pais e alunos, 91,60% eles faam tudo o que pode para ter um resultado satisfatrio, 8,33% coloca a baixo das alternativas outros.

As analogias interpessoais advm em todos os elementos, no meio familiar, educacional, social, institucional, profissional; e esto acopladas aos procedidos as finais de concordncia, avano, e melhorias ou nas estagnaes, agresso ou alienamento. Nas relaes interpessoais entre professor e alunos se d a constituio de conexes com a aprendizagem, um das aparncias fundamentais a serem analisados. Igualmente, o professor pode colocar uma conexo adepta ou adversa para um acurado conhecimento, pela relao interpessoal que estabelece com seus alunos.

J com os pais diferente essa relao, eles acabam fazendo de tudo para ter uma boa relao com seus filhos, mais por motivos como trabalho, acaba deixando a desejar com os filhos principalmente na escola. No grupo familiar, as dificuldades de um so, na realidade, os problemas de todos. A famlia a conjuno da desigualdade. E a famlia a verdadeira demonstrao do conjunto no qual seus artefatos no perdem a personalidade. Nisso mora a sua fora; quando se tenta abordar a individualidade atravs de uma pedagogia repressora, aniquilamos a sua categoria de adjacente pela dano da conexo.

Grfico 9: O que voc entende por uma boa relao interpessoal com os pais e alunos?

Fonte: LIMA, Carine de. Questionario. Alta Floresta/MT- 2013.

O grfico 10 assenta para os professores como eles avalia a participao dos pais na vida dos filhos, 16,66% ruim, 58,33% que no nem ruim nem boa, 25% boa.

Os professores observaram que os pais esto ainda faltando com seus filhos, a participao familiar na vida escolar dos filhos conduz e leva, dentre outras coisas, manifestao de um maior autocontrole e revelao de uma conduta cooperativa.

Os pais carecem apreender, no entanto, que seguir a vida escolar dos filhos no deve significar apenas cobrana. O acompanhamento implica muito mais do que isso. cogente excitar, motivar, valorizar, ensinar, conversar, prestigiar, discutir. Nessa parceria, a cobrana o ltimo instrumento a ser aproveitada.

Grfico 10: Como voc avalia a participao dos pais na vida dos filhos?

Fonte: LIMA, Carine de. Questionario. Alta Floresta/MT- 2013.

Segundo Paulo Freire (1991, p.77):

Sendo fundamento do dilogo, o amor , tambm, dilogo. Da que seja essencialmente tarefa de sujeitos e que no possa verificar-se na relao de dominao. Nesta, o que h patologia de amor: sadismo em quem domina; masoquismo nos dominados. Amor, no. Porque um ato de coragem, nunca de medo, o amor compromisso com os homens. Onde que estejam estes, oprimidos, o ato de amor est em comprometer-se com sua causa. A causa de sua libertao. Mas, este compromisso, porque amoroso, dialgico.

Assim quando a criana se sente ouvida, apoiada, prestigiada, se sente mais instigada para aprender e abusar todos os agentes que a escola promove.
Neste artifcio ganha a criana, a famlia e a escola.

Observa-se nessa questo do grfico 11, o quando o programa Mais Educao, est sendo admirvel para a escola, pois o grfico bem claro, 58,33% que so os eventos que a escola promove o que est levando os pais ao ambiente escolar dos filhos, e os principais eventos o programa Mais Educao que est frente, como por exemplo, apresentaes de teatros, dana, jogos interativos, feirinha de artesanatos e muitos mais, essas so questo apresentadas pelo programa, onde os pais buscam participar mais pois os seus filhos que esto ali apresentado mostrando seus trabalhos.

Este processo todo implica alianas com os familiares e com os responsveis pelos estudantes. Para que a educao seja inte-gral, a famlia compreendida como uma comunidade formada por pessoas que so ou se consideram aparentadas, unidas por laos naturais, por afinidades ou por vontade expressa , participa ativa-mente da vida escolar. Portanto a escola deve promover o dilogo com a famlia. (Ministrio da educao. p, 28).

Grfico 11: Pra voc o que mais trouxe os pais a essa escola?

Fonte: LIMA, Carine de. Questionario. Alta Floresta/MT- 2013.

A questo do grfico 12 resalta, educao vem de casa, nesse caso 100% diz a educao deveria sim, vim de casa desde muito cedo mais que isso no vem acontecendo, s famlias esto deixando a desejar com os filhos.

Educar d trabalho, nenhuma pessoa disse que simples, por isso, colocar um filho no mundo determina amadurecimento e responsabilidade. Filhos so para sempre, uma combinao sem fim. s advertir as crianas e os adolescentes, que a gente pode abranger aqueles que esto organizados para a coexistncia em sociedade, educao vem de bero.

Doutrinar mais com os modelos, do que com as palavras, no prossegue orientar, aconselhar, se eles no tm um bom exemplo a seguir, no convvio do lar, que os primeiros valores so apanhados. Afabilidade no abordar com as pessoas, o uso do tom da voz, a postura tica na vida cotidiana, tudo isso pode e deve ser aprendido.

Baltazar (2006. P 87) Afirma:

A famlia o primeiro espao vital, o arcabouo das produes humana. Como sua genialidade, alguns homens a notabilizam por meio de suas obras e produes, mais a famlia s efetua sua transcendncia ao longo de suas sucessivas geraes, por sua encarnao e suas repercusses no ciclo vital, mediante o acasalamento e produo.

Grfico 12: De sua opinio sobre: Educao Vem de casa!

Fonte: LIMA, Carine de. Questionario. Alta Floresta/MT- 2013.

 

 

 

 

3 CONSIDERAES FINAIS

 

Este estudo alcanou seus objetivos, pois teve uma boa reflexo sobre o papel da famlia nas atividades escolares dos filhos, e a participao do mesmo no cotidiano educativo dos filhos.

Segundo as hipteses elevadas, verificou-se que a famlia no tem uma boa participao na vida de seu filho do ambiente escolar, e sim acaba cumprindo obrigaes como, levar o filho a escolar e pronto, os pais hoje acredita que tudo ser ensino na escola, e no bem assim, uma boa parte dos ensinamentos como educao deveria sim vir de casa, e ensinamentos pedaggicos vir da escola.

Averiguou tambm que a famlia desenvolve uma participao um tanto quando dividida com relao ao programa Mais Educao, onde o programa tem levado mais diversidades ao ambiente familiar, por isso a maioria dos pais participam mais ativamente do programa Mais Educao, e no do cotidiano escolar dos filhos, levando tambm em considerao essa participao excessiva questo da bolsa famlia, onde todos os alunos da escola tem que participar das atividades do programa para no perder.

Dado o publicado, cabe escola utilizar os novos mtodos para estimular o desenvolvimento dos pais na escola, de forma a lev-los a pensar, refletir e propor solues e situaes que lhes so demonstradas. Os pais devem estar tambm pensando no bem estar dos seus filhos ajudando em casa participando mais de reunies escolar, eventos e no esperar apenas por (supostas festinha), devem tambm no esperar reclamaes para parecer ao ambiente escolar, e sim buscar elogios de seus filhos, ir saber como est indo nas tarefas de sala, ajudando na educao, participando de reunies bimestrais, tambm incentivando a praticas de exerccios extras curriculares que o programa Mais Educao tem oferecido para toda a comunidade escolar.

Concluindo, espera-se que o estudo sobre a participao da famlia nas atividades escolares, contribua com os a famlia passe a perceber a real importncia de um cotidiano familiar/escolar para que seja possvel a realizao de uma melhor aprendizagem, diferenciando as atividades para levar famlia a escola.

O comparecimento dos pais nas atividades da escola e do programa mais educao tem uma real importncia para o ensino-aprendizado dos alunos tanto cognitivo quanto afetivo, os mesmos tem a obrigao dessa participao na escola e no somente na atividade do programa, esse tem uma tima motivao para trazer essa famlia escola mais que essa participao seja das ambas as partes e no somente de uma, pois o programa Mais Educao uma incentivo a mais as atividades extras curriculares dos alunos um complemente para os ensinamentos, ajuda no comportamento dos alunos, e muito mais.

Por isso a famlia tem sim, que estar participando mais da vida dos filhos tanto em casa quanto na escola, estar ajudando a escola com essa educao, apoiando a pratica de atividade no programa, e a escola deve estar agradecendo ao mesmo por toda essa participao que a hoje na escola, pois segundo as pesquisas realizao foi sim o programa Mais Educao que levou toda a famlia no ambiente escolar; a escola municipal Vicente Francisco da Silva uma escola modelo de educao integral.

 

ABSTRACT

 

 

Keywords:

 

 

REFERNCIAS

 

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[1] Acadmica do curso de pedagogia da Faculdade de Alta Floresta (FAF)

[2] Professor Especialista em Informtica Educacional do curso de Pedagogia da Faculdade de Alta Floresta (FAF)

[3] Professor Especialista em Gesto da Educao Profissional e Tecnolgica

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