SNDROME DE DOWN: FORMAO DOS PROFESSORES PARA A INCLUSO NO ENSINO REGULAR, SEGUNDO ACADMICOS DO STIMO SEMESTRE DO CURSO DE PEDAGOGIA DA FACULDADE DE ALTA FLORESTA-MT EM 2013

WERNKE,Jaqueline Arago[1]

 

JESUS, Marcelino[2]

 

DARIENSO, Sibila Jessye[3]

 

 

 

RESUMO

A presena de alunos com deficincia em salas de aulas de ensino regular , hoje, uma realidade cada vez mais constante. Uma srie de campanhas vem ocorrendo na mdia para divulgao do direito incluso de pessoas com deficincias. Algumas dessas campanhas foram patrocinadas pela Associao de Sndrome de Down, entretanto, as pesquisas indicam que o principal argumento que dificulta o processo de incluso escolar refere-se no preparao dos professores, expondo, assim, um medo inicial ao saber que recebero um aluno com deficincia. A formao do professor deve ser um processo contnuo, que transcende seu aprendizado com os alunos, levando em considerao a valorizao do saber de todos os profissionais da educao na incluso. Assim, o presente estudo objetiva verificar as maiores dificuldades encontradas pelos professores na formao profissional referente educao inclusiva, principalmente a das crianas com Sndrome de Down. A pesquisa utiliza o mtodo de abordagem hipottico-dedutivo atravs de questionrios com questes abertas e fechadas.Verifica-se, ao final da pesquisa, que existe uma deficincia na formao pedaggica dos acadmicos nos cursos de formao de professores. Contata-se, tambm, que os professores recorrem formao continuada, que, na maioria das vezes, no supre essa deficincia, ou seja, no esto preparados para receberem esses alunos e realizarem as intervenes necessrias. Concluindo-se que os conhecimentos adquiridos durante a formao do professor no so satisfatrios para uma boa atuao diante de um aluno com deficincia no ensino regular, havendo necessidade de buscar outras formas de instrumentalizao.

Palavras-chaves: Polticas Inclusivas. Deficincia intelectual. Instrumentalizao

 

 

 

1 INTRODUO

A aprovao de polticas inclusivas centra-se nos eixos da organizao scio-poltica necessria para respeitar os direitos fundamentais, direitos individuais e os direitos coletivos garantidos na Constituio Federal de 1988 e nos Tratados Internacionais de Direitos Humanos. Importantes avanos que surgiram com a democratizao da sociedade, alavancadas pelos movimentos de direitos humanos e que apontam a emergncia de uma qualificao do profissional da educao para atender a poltica inclusiva.

Nesse aspecto, a incluso social deixa de ser uma preocupao dos governantes para ser uma questo fundamental da sociedade em geral. Nesse sentido, a escola precisa acompanhar a evoluo de polticas inclusivas e se preparar para atender da melhor forma possvel a sociedade e suas necessidades mais imediatas.

Para atender essa demanda, a escola necessita investir em formao terica, em polticas educacionais, espaos adequados, materiais pedaggicos e outros investimentos. Enfim, a prtica desenvolvida pela escola deve ser inclusiva.

A pesquisa pretende investigar ainda, as dificuldades dos profissionais da educao em relao incluso e em especial a de crianas com Sndrome de Down no processo de ensino aprendizado. Diante das mudanas nas polticas inclusivas o que levam os profissionais das escolas a sentirem-se to inseguros diante da incluso dos alunos com Sndrome de Down. necessrio o estabelecimento de formao adequada nos curso de preparao de professores para suprir essa demanda.

 

2 EMBASAMENTO TORICO

O movimento de incluso tem por finalidade a construo de uma sociedade, com a utilizao de alguns princpios, especialmente princpio da consulta que diz respeito gesto democrtica que garante s pessoas com deficincia a participao ativa nas decises relativas a programas e polticas inclusive as que lhes dizem respeito diretamente, que so celebrao das diferenas, direito de pertencer sociedade, valorizao da diversidade humana, solidariedade humanitria, igual importncia das minorias e cidadania com qualidade de vida.

Nessa perspectiva, Manzini (2007, p.77) entende que a presena de alunos com deficincia em salas de ensino regular , na atualidade, constante. A Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional (LDB), promulgada em 1996, d ao aluno deficiente o direito ao atendimento preferencial nas salas de aulas do ensino regular. Devemos ver esse direito no s como um respaldo legal garantido por lei, mas como um empreendimento que cabe a familiares, professores e aluno. Dessa forma, a preparao do professor deve ser fortalecida nos cursos de formao e nas formaes continuadas das instituies de ensino.

Nas instituies de nvel superior j possvel notar a insero de disciplinas que capacitem o futuro professor ao atendimento de crianas, sendo evidncia em faculdades de ensino particular, alterando o perfil dos cursos para a incluso. necessrio pensar que tipo de qualificao oferecido a esse profissional nas instituies de ensino.

Observaes indicam que o principal argumento que impede o processo de incluso escolar se refere a no preparao dos professores que ao se depararem com um aluno deficiente tendem a organizar seus conhecimentos e, na ausncia de alguns que possam contribuir nessa incluso, buscam o apoio interno da escola ou at servios fora dela e cursos adicionais.

Diante disso, Manzini (2007, p. 79) expe que parece claro, retornando ao ponto sobre a preparao do professor, que a preparao para o ensino comum no termina com o curso de graduao. Ou seja, a preparao um processo dinmico e contnuo. A preparao com cursos de ps-graduao torna-se indispensvel, porm alguns fatores relevantes nesse processo dificultam tal investimento, como a baixa remunerao e o fato de no idealizar esse investimento como importante no seu desenvolvimento profissional.

A falta de interesse nessa formao prove tambm de fatores culturais, deixando, dessa forma, a responsabilidade da instruo do aluno para sala especializada como a sala de recurso, onde os profissionais dispem de especializao para assumir o cargo, porm a poltica de incluso deixa claro quanto ao direito do aluno educao qualificada, que independe de ser dentro ou fora da sala de aula.

Item destacado em Brasil (2010, p.13):

Na perspectiva da educao inclusiva, a Resoluo CNE/CP n 1/2002, que estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para as formaes de professores da Educao Bsica, define que as instituies de ensino superior devem prever, em sua organizao curricular, formao docente voltada para a ateno diversidade e que contemple conhecimentos sobre as especificidades dos alunos com necessidades educacionais especiais.

 

Diversos investimentos em qualificao profissional esto sendo efetuados pelas esferas municipais, estaduais e federais, disponibilizando publicaes impressas e acessveis, online, todas de assuntos que abordam as deficincias, ou seja, medidas esto sendo feitas para atender os professores.

Na perspectiva de Manzini (2007, p.80-81) h diversas formaes que podem advir de cursos em congressos, houve uma grande demanda por cursos especficos na rea da incluso escolar; nas especializaes, h um processo numeroso de cursos distncia; h, tambm, formaes com um pequeno grupo de professores ou um nico professor que tenha alunos com deficincia em sala de aula. Pode haver troca de experincia entre profissionais que j tem includos esses alunos em sala de aula, promovendo prticas que deram certo, levando o professor a refletir sobre procedimentos no executados. Podemos perceber vrias maneiras de se qualificar para um atendimento adequado aos alunos com deficincia, inclusive a sndrome de Down.

A educao continuada uma necessidade e a preparao no pode ser entendida como algo absoluto a ser alcanado, mas um processo de formao, contnua e dinmica. Em setratando da sndrome de Down, fica explcito no que diz Santana(2009, p.83):

A educao inclusiva, especificamente de pessoas com sndrome de Down, deve ser enfatizada em virtude de haver grande vcuo em relao a informaes reais sobre essa sndrome perante os educadores do ensino regular. necessrio que aumente cada vez mais educadores preocupados com essa questo, que toda a sociedade e os educadores se conscientizem da importncia da incluso e que todos os seres humanos saibam respeitar e conviver com as diferenas.

 

preciso romper barreiras que impedem a educao inclusiva dos alunos com deficincia, entre elas a sndrome de Down, pois apesar de ser bastante divulgada no Brasil, essa sndrome ainda desconhecida por muitos. pessoa com deficincia mental comum o uso de termos como retardado, mongoloide, doente mental, excepcional, entre outros que podem vir carregados de preconceitos dificultando a relaes.

Na viso de Santana (2009, p. 84), para que a incluso do aluno com sndrome de Down acontea, necessria a utilizao correta dos termos e que as pessoas ligadas ao seu processo de aprendizagem escolar estejam atentas as suas limitaes e capacidades. A maneira como agem as pessoas que se deparam com um aluno deficiente em sua sala de aula est baseada na falta de informao. Diante disto, algumas informaes sobre a sndrome de Down necessitam ser aqui relatadas para maior compreenso do leitor.

A sndrome de Down a anomalia gentica mais frequente em todo o mundo, estando presente em todas as nacionalidades, raas, classes sociais ou sexos. A intensidade da deficincia mental particular a cada indivduo e o atraso no desenvolvimento neurolgico, psicolgico e fsico da pessoa sofre influncias de suas caractersticas genticas, mas determinadas pelas oportunidades oferecidas no decorrer da vida.

Essa sndrome confirmada com a realizao de um exame denominado caritipo, estipulando que tipo de sndrome de Down tem o individuo, sendo ela trs trissomia 21, mosaico e translocao a de maior incidncia a trissomia que afeta 95% das pessoas com sndrome de Down.

Em relao deficincia mental, relatam Da e Baldin (2009, p.33) que os cientistas ainda no descobriram como, exatamente, o cromossomo a mais causa deficincia mental, mas certo que o indivduo com sndrome de Down apresenta o crebro menor e menos complexo [...]. Assim, a criana com sndrome de Down capaz de aprender diversas coisas como ler, escrever, danar, tocar instrumentos, nadar, entre outras.

A incluso tem por objetivo a construo de uma sociedade igualitria, inserindo, em seu meio, pessoas com deficincia capacitando-as a superarem barreiras. As vantagens de se inserir uma criana com deficincia no ensino regular so inmeras, principalmente as crianas com sndrome de Down, devido a sua habilidade de imitar os demais, contribuindo assim com boas atitudes e comportamentos.

De acordo com Santana (2009, p.86), muitas escolas ainda no esto preparadas para incluir adequadamente alunos com deficincia, lembrando que as salas de aula so numerosas, dificultando o atendimento especializado. Por isso o preparo deve partir de toda a instituio, comunidade e das autoridades educacionais.

As reaes dos professores diretamente ligados ao aluno com deficincia intelectual devem ser observadas, uma das reaes mais comum diante desse aluno a superproteo subestimando sua inteligncia, deixando de propor atividades que no provoquem dificuldades, com medo de que ele perca a motivao e no consiga realizar. Quando o professor realiza a atividade pelo aluno, no contribui assim para sua autonomia intelectual e social.

Todos tm a ganhar com a poltica de incluso, segundo Santana (2009, p.88):

Com a educao inclusiva, todos os estudantes tero vantagens. A pessoa com deficincia demonstra crescente responsabilidade e melhor aprendizagem pelo ensino entre os alunos, recebendo apoio acadmico da rea de educao especial. J o estudante sem deficincia desenvolve conforto, a confiana e a compreenso da diversidade individual, estando mais preparado para a vida adulta em uma sociedade justa e que respeita o outro, alm de se beneficiar da aprendizagem sob condies instrucionais diversificadas.

 

De acordo com Paulon (2007, p.21), diante dos materiais disponibilizados, cabe ao professor adequar a sua realidade, explorando a experincia educacional da sua profisso. Deve-se levar em considerao o carter processual da formao desse professor.

So necessrios procedimentos verdadeiros de reflexo que levem a praticas que funcionem e que no sejam meramente engavetadas. Ainda segundo Paulon (2007, p. 22), indispensvel um mtodo contnuo de interlocuo entre professores e encontros sistematizados com a equipe interdisciplinar de apoio, na expectativa de manter um canal disposto a aberturas para estes profissionais.

A relao da famlia com pessoa deficiente e a instituio escolar, outro fator que merece ateno, j que a incluso quase sempre dificultada, algumas vezes por desconhecimento dos pais que no reconhecem a capacidade da criana. Os sentimentos de frustrao carregados pela famlia transpem a realidade vivida e a negao do problema dificulta a socializao e aprendizagem,a escola desempenha papel fundamental de instruo, rompendo barreiras e ressaltando as qualificaes e benefcios que esses alunos viro a ter.

preciso que seja criado entre a famlia e o educador um lao de cumplicidade de forma que ambos possam trocar experincias, tendo em vista que o aluno o reflexo de sua vivncia em casa. Diante disso, destacamos que diversas reaes de alunos com tantas singularidades podem ser explicadas pelos familiares, levando o professor a encontrar solues apresentadas no decorrer do processo de ensino aprendizagem.

Na perspectiva de Stainback (2000 apud Santana 2007, p. 87), uma criana com sndrome de Down pode aprender como qualquer outra sem a sndrome, respeitando seu desenvolvimento que acontece de forma mais lenta, sendo extremamente importante a participao da famlia nessa incluso, incluindo a dedicao dos pais e educadores.

Cabe ao professor escolher o melhor mtodo de ensino que seja eficaz para seu aluno, levando em considerao os demais, que no seja dada ateno exagerada, de modo que os outros alunos sintam tamanha diferena e nem o descaso, agindo como se o aluno em questo no passasse de um mero espectador.

A formao dos professores tem evidncia no aperfeioamento do processo de incluso. Diante disso, segundo Paulon (2007, p.28):

Existe um consenso de que imprescindvel uma participao mais qualificada dos educadores para o avano desta importante reforma educacional. O despreparo dos professores figura entre os obstculos mais citados para a educao inclusiva, o qual tem como efeito o estranhamento do educador com aquele sujeito que no est de acordo com os padres de ensino e aprendizagem da escola.

 

No contexto da formao acadmica, o futuro professor tem na sua grade curricular uma leve instruo sobre educao inclusiva e conhecimentos sobre a necessidade educacional especiais dos alunos. Segundo Paulon (2007, p. 28), no processo de incluso, uma grande dificuldade encontrada o grande nmero de alunos em cada sala e a falta de recursos pedaggicos, ressaltando que uma sala com um nmero menor de alunos tornaria o trabalho mais qualificado e de forma especfica.

De acordo com Santana (2007, p. 86), diversas transformaes precisam ocorrer para que a incluso seja exercitada por todos. Nesse processo, cabe aos educadores obter atividades de conscientizao da comunidade sobre a importncia da aceitao das pessoas com deficincia no seu cotidiano, sendo necessrio que os educadores pratiquem a incluso como exemplo a seus alunos.

Assim, a escola deve estar aberta a buscar novos caminhos que facilitem a incluso, abrangendo o estmulo e a capacitao qualificada necessria a uma educao inclusiva de alunos com sndrome de Down. Lembrando que o afeto ferramenta imprescindvel para a construo da aprendizagem, e que a pessoa com deficincia um ser humano que, apesar das limitaes que seu diagnstico impe, um ser de desejos, anseios e que merece, acima de tudo, o respeito das pessoas que convivem com ele.

 

3 MATERIAIS E MTODOS

3.1 rea de estudo

Esse estudo foi realizado na Faculdade de Alta Floresta FAF uma instituio de ensino superior,iniciando sua atividade em 1996, contando com os cursos de Administrao, Cincias Contbeis, Letras, Pedagogia e Direito. Como ideais propostos, visa o aprimoramento contnuo de seus alunos, professores e funcionrios, proporcionando-lhes os meios para que realizem, em sua plenitude, as legtimas aspiraes da pessoa humana. Estsituada no municpio de Alta Floresta que possui uma rea de 8 947,07 km e est localizado no extremo norte do estado de Mato Grosso, a 830 km da capital do estado, Cuiab.

O corpo discente, objeto de estudo desta pesquisa so acadmicos de ambos os sexos cursando o stimo semestre do curso de Pedagogia

3.2 Metodologia

Para o levantamento de informaes, utilizou-se o mtodo hipottico-dedutivo, no qualforam levantadas hipteses que posteriormente foram analisadas e interpretadas. Com oobjetivo de conhecer a opinio dos alunos sobre o referido tema, foram confeccionadosquestionrios contendo treze perguntas abertas e oito fechadas. Dos dezoito questionrios entregues, todos foram devolvidos devidamente respondidos. Apresenta-se a seguir as perguntas, suas respostas tabuladas e uma representao grfica, para dar uma viso mais ampla dos resultados obtidos.

 

 

4 RESULTADOS E DISCUSSES

Segundo Santos (2007, p. 159), enquanto uns defendem que a escola o espao de conhecimento, socializao, domnio de habilidades para a vida futura, outros defendem que a escola um espao de favorecimento para o desenvolvimento social, das habilidades, para a ruptura de esteretipos e fortalecimento da socializao. Entendemos que a dificuldade de incluso escolar de alunos com deficincias parte do despreparo dos profissionais envolvidos.

A preparao para o trabalho de ensino no finaliza com o curso de graduao, hoje, em diversas reas de atuao profissional, a um processo dinmico e contnuo. Desse modo aps analisar os dados atravs dos questionrios, dos dezoitos questionrios distribudos todos foram respondidos por mulheres sendo 44,44 com idade entre vinte e trinta anos, entre trinta e quarenta a soma de 27,77e acima de quarenta anos 27,77. Sobre a regio do nascimento contatou-se que 50% so da regio centro oeste, sendo 38,88 da regio sul, A regio norte e sudeste possuem a mesma quantidade de entrevistadas 5,55. Estado civil das entrevistadas de 66,66 casadas e 33,33 solteiras. Sobre a escolaridade 94,44 esto em via de formao acadmica e somente 5,55 j possui outra graduao sendo este Servio Social.

Grfico 01: Porque voc escolheu o curso de pedagogia?

Fonte:WERNKE, Jaqueline Arago. Questionrios. Alta Floresta/2013.

Analisando o grfico I, percebemos que mais da metade dos professores escolheram o curso de pedagogia por afinidade.Segundo Dutra e Gribosk (2007, p.18) A alterao na formao de professores representa muitos desafios ao mesmo tempo em que apresenta tambm possibilidades de desenvolvimento da competncia profissional do educador para atender as diferenas na escola.

Torna-se imprescindvel para o desenvolvimento de uma carreira docente a afinidade na escolha de tal curso, a procura de novas tcnicas e formaes que complementem sua formao acadmica, o profissional educacional esta em constante aprendizagem.

Grfico 02:Estando no trmino do seu curso, se sente um profissional em via de formao continuada para exercer sua funo?

Fonte: WERNKE, Jaqueline Arago. Questionrios. Alta Floresta/2013.

possvel verificar que no grfico II, a maioria dos professores se considera preparados para exercer sua funo. De acordo com Manzini (2007, p. 79) Um professor bem preparado aquele que tem claro e definido, na prtica e na teoria, como conduzir o processo de ensino, como explicar a aprendizagem, como avaliar e reformular seu plano de ensino frente ao planejamento estabelecido. Sentir-se preparado para atuar na educao um passo memorvel na carreira do docente, afirma que, as aprendizagens acadmicas foram absorvidas e esto prontas para serem colocadas em prtica.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Grfico 03: Diante de um novo tema abordado na sua formao, voc fica somente com os conhecimentos transferidos do professor em sala de aula ou procura outros recursos?

Fonte: WERNKE, Jaqueline Arago. Questionrios. Alta Floresta/2013.

Diante das informaes do grfico III, observamos que todos os professores buscam novos conhecimentos que contribua na sua vida docente. Para Manzini (2007, p. 82) A preparao no pode ser entendida como algo absoluto a ser alcanado, mas um processo de formao, contnua e dinmica.

Um profissional qualificado deve estar sempre procura de novos temas, que envolvam suas prticas, de modo a beneficiar seus educandos.

Grfico 04: O tema incluso de crianas com deficincia foi abordado na sua formao?

Fonte: WERNKE, Jaqueline Arago. Questionrios. Alta Floresta/2013.

Analisando o grfico IV, percebemos que a maioria dos professores afirmou ter durante o curso o tema incluso abordado em seus estudos. Segundo Figueiredo (2007, p. 165) A dimenso da cultura inclusiva traz a possibilidade de se criar na escola uma comunidade acolhedora e colaboradora, em que todos sejam respeitados e valorizados. Diante da realidade cada vez mais crescente de alunos com deficincias as politicas de incluso devem ser assunto indispensvel nos currculos das formaes de professores.

Grfico 05: Voc obteve conhecimentos satisfatrios sobre o tema incluso? Justifique sua resposta.

Fonte: WERNKE, Jaqueline Arago. Questionrios. Alta Floresta/2013.

Observamos que no grfico V, a maioria dos professoresafirma haver insatisfao diante do tema incluso, se caracterizando pela falta de aprofundamento no tema, incluindo a ausncias de prticas que facilitassem a aprendizagem de certas deficincias.

Para Paulon (2007, p. 28) assim, constata-se a necessidade de introduzir tanto modificaes na formao inicial dos educadores, quanto formao continuada e sistemtica ao longo da carreira profissional dos professores e demais profissionais da educao. Confirmando assim a hiptese de que o tema incluso abordado durante a formao acadmica no satisfatrios para uma boa atuao diante de um aluno com deficincia.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Grfico 06: A sndrome de Down foi abordada como tema de incluso?

Fonte: WERNKE, Jaqueline Arago. Questionrios. Alta Floresta/2013.

Analisando o grfico VI, podemos observar que os professores em sua maioria confirma ter sido abordada a sndrome de Down como tema de incluso no currculo acadmico.

Segundo Paulon (2007, p. 23):

Uma concepo de educao e sociedade se faz por vontade pblica e essencial que o sistema educacional assuma essa vontade. Para operar as transformaes nos modos de relao dentro da escola , tambm, necessrio que os profissionais envolvidos tomem para si a tarefa de pensar estas questes de forma reflexiva e coletiva. Dito de outra forma, necessrio que todos os agentes institucionais percebam-se como gestores e tcnicos da educao inclusiva.

 

A sndrome de Down, como qualquer outra deficincia deve ser abordada na formao de professores, como parte integrante da disciplina de educao especial, visando instruir o acadmico no atendimento de alunos com necessidades educacionais especiais.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Grfico 07: O que voc entende como sndrome de Down?

Fonte: WERNKE, Jaqueline Arago. Questionrios. Alta Floresta/2013.

Analisando o grfico VII, podemos perceber que a maioria dos professores entende que a Sndrome de Down um fator cromossmico, uma porcentagem inferior define que com as estimulaes e intervenes corretas, a criana com a sndrome de Down ser uma pessoa comum, uma parcela preferiu no responder e a minoria a define como uma doena. Diante da Sndrome de Down, os conhecimentos adquiridos so relevantes na formao do profissional.

Segundo Santana (2009, p. 84) para diminuir a barreira do preconceito, que ainda existe em toda a sociedade brasileira, algumas informaes essenciais devem ser discutidas com mais frequncias. Para que acontea a incluso, a condio principal so informaes corretas sobre determinadas deficincia do aluno atendido no ensino regular, considerando suas capacidades e limitaes.

Grfico 08: Voc se sente instrumentalizado par trabalhar com incluso?

Fonte: WERNKE, Jaqueline Arago. Questionrios. Alta Floresta/2013.

Podemos analisar no grfico VIII, que a maior parcela dos professores no se sente preparado para o trabalho com alunos da incluso. Para Paulon (2007, p. 28):

O despreparo dos professores figura entre os obstculos mais citados para a educao inclusiva, o qual tem como efeito o estranhamento de educador com aquele sujeito que no est de acordo com os padres de ensino e aprendizagem da escola.

 

Cabe ao professor pesquisar como realizar a educao inclusiva, procurar recursos e promover atividades que respeitem todos os alunos, facilitando assim novos caminhos dentro dos limites de cada criana.Confirmando a hiptese de que os acadmicos terminam seu curso de graduao sem a preparao necessria para o atendimento de pessoas com deficincia, constatado na maioria das respostas.

Grfico 09: A instituio disponibilizou algum recurso como contribuio do aprendizado sobre a incluso escolar de crianas com deficincia?

Fonte: WERNKE, Jaqueline Arago. Questionrios. Alta Floresta/2013.

No grfico IX, observamos que uma parcela igualmente superior s demais, confirmam que a instituio disponibilizou estgios, palestras, professores qualificados entre outros recursos. Desse modo Manzini (2007, p. 82) considera que Uma base terica sobre ensino e aprendizagem fundamental para a educao de alunos com ou sem deficincia.

A educao inclusiva necessria, a preparao do profissional no algo absoluto, considera-se o interesse de cada um, a instituio promove formaes que contribuem para a sua instrumentalizao.

 

 

 

 

Grfico 10: Na sua opinio, a sua formao acadmica te deixa apto a lidar com alunos com Sndrome de Down ou alguma outra deficincia?

Fonte: WERNKE, Jaqueline Arago. Questionrios. Alta Floresta/2013.

Em analise ao grfico X, percebemos que os professores no se sentem aptos a atender alunos com a sndrome de Down ou outra deficincia, mesmo estando no trmino do seu curso acadmico.

Na perspectiva de Figueiredo (2007, p. 165):

No percurso da incluso os professores iro ampliar e elaborar suas competncias e habilidades a partir das experincias que j tem. A formao continuada considera a formulao dos conhecimentos do professor, sua prtica pedaggica, seu contexto social, sua histria de vida, sua singularidade e os demais fatores que o conduziriam a uma prtica pedaggica acolhedora.

 

O professor no deve permanecer somente com os conhecimentos adquiridos na sua formao acadmica, recorrer a novos mtodos faz parte da vida de todo educador, a profisso docente sempre uma continuidade de aprendizados e troca de saberes.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Grfico 11: Diante de uma sala de aula sob sua responsabilidade como voc reagiria ao receber um aluno com deficincia intelectual?

Fonte: WERNKE, Jaqueline Arago. Questionrios. Alta Floresta/2013.

Analisando o grfico XI, percebemos que a maioria dos professores reagiria de forma tranquila, no deixando transparecer ao aluno suas angstias e preocupaes, uma parcela dos professores procuraria auxilio com a direo e coordenao da instituio ou pesquisaria sobre a deficincia do seu aluno. A minoria se sentiria amedrontado ao receber um aluno com deficincia intelectual. Essas dificuldades fazem parte do universo da maioria dos professores que trabalham com alunos com deficincia intelectual.

Segundo Paulon (2007, p.21) Uma das dificuldades encontradas na formao dos educadores, no estudo de alguns fundamentos tericos para o trabalho com alunos com necessidades educacionais especiais, o amplo leque de realidades scio-culturais existentes em nosso pas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Grfico 12: Voc a favor da incluso de alunos com deficincia no ensino regular?

Fonte: WERNKE, Jaqueline Arago. Questionrios. Alta Floresta/2013.

Analisando o grfico XII, percebemos que a maior parte dos professores a favor da incluso, favorecendo a relao dos alunos com as diversidades encontradas em nosso pas, porm uma pequena porcentagem contra a incluso, justificando que o aluno com deficincia necessita de uma educao qualificada, e ainda no disponvel na rede de ensino regular.

Segundo Figueiredo (2007, p. 165) A dimenso da cultura traz a possibilidade de se criar na escola uma comunidade acolhedora e colaboradora, em que todos sejam respeitados e valorizados.A incluso no favorece somente a pessoa com sndrome de Down, a experincia com a diferena enriquece a compreenso da realidade que nos cerca, sensibilizando o ser humano a respeitar e conviver com as diferenas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Grfico 13: Na sua opinio quais mtodos poderiam ser utilizados para uma melhor compreenso no que diz respeito a incluso de alunos com deficincia intelectual?

Fonte: WERNKE, Jaqueline Arago. Questionrios. Alta Floresta/2013.

Examinando o grfico XIII, entendemos que a metade dos professores julga que para uma melhor compreenso do tema incluso, torna-se indispensveis professores instrumentalizados, ou seja, com boa formao na rea de atuao.

Segundo Manzini (2007, p. 78):

Dessa forma, a incluso do aluno com deficincia no ensino regular deve ser entendido como um processo legal, como um processo que envolve a sensibilizao da sociedade quanto aos direitos desses alunos e, principalmente, no caso da educao, um processo que visa garantir a formao do futuro professor para atender ao aluno com deficincia.

 

De acordo com a citao do autor, alm do aspecto legal necessrio que o profissionalgarantido pela instituio seja comprometido com a incluso do aluno e apresente qualidades como sensibilidade e altrusmo para lidar com essa parcela da sociedade to sofrida.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Grfico 14: No seu ponto de vista as formaes continuadas so uma forma de instrumentalizar o profissional no mbito das politicas inclusivas?

Fonte: WERNKE, Jaqueline Arago. Questionrios. Alta Floresta/2013.

Estudando o grfico XIV, podemos observar que a maior parte dos professores afirma que a formao continuada uma forma de instrumentalizar o profissional. Dessa maneira Paulon (2007, p. 21) define que a formao dos profissionais da educao tarefa, sem dvida, essencial para a melhoria do processo de ensino e para o enfrentamento das diferentes situaes que implicam a tarefa de educar.

A formao continuada na rea da incluso de alunos com deficincia, no se trata apenas de incluir um aluno, mas de repensar os processos e os tipos de educao que esse profissional tem se dedicado.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Grfico 15: Voc participaria de uma formao continuada com o tema incluso de alunos com deficincia no ensino regular? Justifique.

Fonte: WERNKE, Jaqueline Arago. Questionrios. Alta Floresta/2013.

Em analise ao grfico XV, podemos compreender que a maioria dos professores participaria de uma formao continuada para o melhor atendimento de um aluno com deficincia. Somente uma pessoa no se interessaria numa formao continuada sobre incluso.

Segundo Paulon (2007, p. 21):

A formao do professor deve ser um processo continuo, que perpassa sua prtica com os alunos, a partir do trabalho transdisciplinar com uma equipe permanente de apoio. fundamental considerar e valorizar o saber de todos os profissionais da educao no processo de incluso. No se trata apenas de incluir um aluno, mas de repensar os contornos da escola e a que tipo de Educao estes profissionais tm se dedicado.

 

Para que esta reflexo acontea de forma sistemtica preciso levar o discurso no que se determina em prticas, buscando mecanismos que aprofundem as discusses e anlise do proposto, considerando a incluso como parte integrante do currculo e das rotinas escolares a fim de se combater futuros preconceitos.

 

 

 

 

 

 

 

5 CONSIDERAES FINAIS

Diante da pesquisa realizada a formao dos professores no atendimento de alunos com sndrome de Down, encontramos pontos frgeis na instrumentalizao desses profissionais, considerando a incluso como tema de diversas discusses relevantes, que nos fazem refletir sobre o modelo de educao que procuramos para nossos alunos deficientes.

Fica evidente diante do exposto que os profissionais no se sentem preparados para o recebimento em sua sala de aula de um aluno em determinada situao, porm, percebemos que uma significativa parcela afirma procurar formaes continuadas que lhes d suporte diante de uma nova prtica a ser realizada.

Apresentadas as concluses desta pesquisa, ressaltamos no h praticas, nem escolas, nem sociedade, nem incluses perfeitas. H, sim, um caminho a ser percorrido contando com a participao de todos, os resultados podem ser promissores. Vivemos um momento de privilgios e desafiador, temos acesso s informaes excepcionais e prticas pedaggicas inovadoras.

Cabe ao professor se responsabilizar pela prpria formao, alm claro, das oferecidas pelos rgos competentes. Ele pode desenvolver estratgias que elevem sua carreira docente,dentre elas as que abrangem as polticas inclusivas.

Enfim, a aprendizagem das crianas com Sndrome de Down acontece, porm no seu ritmo e espao, ao professor compete tarefa de agregar esse aluno ao ensino regular, anulando seus paradigmas e partindo de sua parte a atitude de igualdade. A presente pesquisa visa contribuir para futuras discusses no tema incluso, de maneira, a contribuir para a melhoria no atendimento de alunos com alguma deficincia, levando o profissional educacional a repensar sua praticas pedaggicas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

REFERNCIAS

BRASIL, Ministrio da Educao. Secretaria de Educao Especial. Marcos Polticos-Legais da Educao Especial na Perspectiva da Educao Inclusiva/ Secretaria de Educao Especial- Braslia: Secretaria de Educao Especial, 2010.

 

COLL, Csar; MARCHESI, lvaro; JESUS, Palacios. Desenvolvimento psicolgico e educao. 2 Ed. Porto Alegre: Artemed, 2004.

 

DA, Vanessa Helena Santana Dalla; BALDIN, Alexandre Duarte; DA,Vicente Paulo Batista Dalla;SANTANA,Vanielen Erica. Sndrome de Down: informaes, caminhos e histrias de amor. So Paulo: Phorte, 2009.

 

ENSAIOS PEDAGGICOS. Braslia: Ministrio da Educao, Secretaria de Educao Especial, 2007.

 

FAFLOR, Site da Unio das faculdades de Alta Floresta, http://www.faflor.com.br/faf/pdf_faf/h_uniflor.pdf, acesso em:15 maio.2013 s 21h45min.

 

PAULON, Simone Mainieri. Documento subsidirio poltica de incluso/ Simone Mainieri Paulon, Lia Beatriz de Lucca Freitas, Gerson Smiech Pinho. 2 Ed. Braslia: Ministrio da Educao, Secretaria de Educao Especial, 2007.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

DOWN SYNDROME: TRAINING OF TEACHERS FOR INCLUSION IN EDUCATION REGULAR BY SCHOLARS OF THE SEVENTH SEMESTER COURSE OF EDUCATION COLLEGE HIGH FOREST IN 2013-MT

 

Jaqueline Aragon Wernke
jaquelineawernke@hotmail.com
Aparecida Garcia Gabriel Pacheco
Psicopacheco_1@hotmail.com



ABSTRACT

The students of presence with disabilities in classrooms with regular education is a reality today increasingly constant. A series of campaigns has been happening in the media to publicize the right to inclusion of people with disabilities. Some of these campaigns were sponsored by the Association for Down Syndrome, however, research indicates that the main argument that complicates the process of school inclusion refers to no preparation of teachers, thus exposing a fear starting to learn that students with disabilities received. Teacher education should be a continuous process that takes place with students their learning, taking into account the appreciation of the knowledge of all education professionals inclusion. Thus, the present study aimed to verify the major difficulties encountered by teachers in training related to inclusive education, especially children with Down syndrome. The research used the method of approach hypothetical-deductive through of questionnaire with open questions and closed. Examined to the end of the survey, there is a deficiency in the pedagogical training of academic courses in teacher training. It was noted also that teachers use information continued, which in most cases does not supply this deficiency, are not prepared to receive these students and make the necessary interventions. Concluding with knowledge acquired during the training of the teacher are not satisfactory for a good performance in front of a student with disabilities in mainstream education, thus seeking other forms of exploitation.
Keywords: Inclusive Politics. Intellectual disabilities. Instrumentalization

 



[1]Acadmica do Curso de Pedagogia da Faculdade de Alta Floresta (FAF)

[2] Docente do Curso de Pedagogia. Especialista em Didtica do Ensino Superior na FAF.

[3] Professor Especialista em Gesto da Educao Profissional e Tecnolgica.

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©️ REFAF 2020 - Revista Eletrônica Multidisciplinar da Faculdade de Alta Floresta - ISSN: 2238-5479