MEMÓRIAS, PRÁTICAS E DEGRADAÇÕES GARIMPEIRAS EM ALTA FLORESTA-MT

Francisco Freire da Silva, Marlene Rauber

Resumo


A pretensão de contar a história do garimpo, dos garimpeiros e colonos que foram garimpeiros está ligada a ideia de tentar redescobrir as memórias que já estavam sendo perdidas. A saga do garimpeiro, da paixão pelo ouro, seus sonhos, suas esperanças em ficar rico e ter uma vida melhor. Este artigo propõe-se a discutir as relações sociais, de trabalho e as condições de vida dos trabalhadores nos garimpos de Alta Floresta, localizados no Norte de Mato Grosso. O levantamento de dados ocorreu a partir de entrevistas com ex-garimpeiros, revisão bibliográfica em livros, periódicos e revistas, percebendo-se certa negação em falar da época do garimpo, até dificultando o acesso às informações dizendo-se que não havia registro sobre o assunto.  As relações sociais da época eram hostis devido ao domínio ideológico da igreja e da própria colonizadora sobre a população, e a imagem do garimpeiro era forjada de acordo com as necessidades dos grupos sociais envolvidos nos conflitos e disputas. Outro fator importante foi a degradação ambiental na região do garimpo como foi mencionado, reproduzindo o modelo depredatório na Amazônia, enfocando a ação do homem no tempo e também no espaço. Ao longo do processo de expansão das atividades garimpeiras e dos projetos de integração, sobretudo aqueles promovidos na década de 1970/1980, no contexto do regime militar, algumas áreas florestais do Estado, assim como da região amazônica, no geral, foram devastadas.

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